Misanthropia Virtual
Depois do sucesso das redes sociais e da "cultura" de internet,o mundo real não é mais o mesmo.A geração predita como a mais bem informada de todos os tempos não possui referências, nem opniões.A globalização confinou a população em 0s e 1s revestidos de muita cor, que oferecem liberdade de expressão pra quem não sabe o que dizer.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
A interdisciplinaridade de um misantropo
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Cerveja, coca, guaraná e água!
Há muito que não escrevo no meu blog e estava esperando uma situação interessante para voltar a ativa. Encontrei-a.
Hoje, 8 de dezembro de 2011, dia de Nossa Senhora da Conceição, fui mais uma vez ao morro da conceição como costumo fazer há muitos anos. Porém dessa vez foi mais marcante que das outras, pois por mais que eu aquele evento não me deixasse completamente a vontade, nunca me incomodou tanto quanto hoje. E afirmo, com precisão, que isso não é uma questão de fé.
O título deste texto pode parece impróprio – eu concordo – mas foi exatamente a primeira frase que ouvi enquanto caminhava em direção ao santuário. Era por volta de 10:45h da manhã, e o calor era digno da profanidade que integrava o lugar. Mais do que demonstrações de fé, pagamentos de promessas e afins, havia primitividade. Pessoa em condições subumanas, crianças seminuas pedindo pelas calçadas, alojadas em meio ao esgoto a céu aberto que descia do alto. Ambulantes, pedintes, representantes, todos esbanjando seus ideais capitalistas. E eu, em meio a tudo isso, não conseguia pensar em outra coisa que não fosse o fim dessa peregrinação.
Ao chegar no alto, mais uma decepção, o cheiro exalado pelo aglomerado de banheiros públicos era insuportável. Pode parecer mentira, mas era muito pior do que esses mesmos sanitários durante o carnaval.
Após essa “provação”, cheguei aos pés da santa – de fato, dessa vez, fiquei um pouco mais distante do que de costume – local mais concorrido do evento. Sinto pela falta concentração, mas não consegui proferir um simples sinal da cruz. Tenho eu pouca fé? Falta-me determinação e objetividade? Talvez.
O que não parei de questionar desde o momento inicial até agora é o que é a fé? Estaria nossa senhora satisfeita com tal quadro pintado em seu nome? Seria necessário tanta precariedade? Aos olhos de quem? Da santa? Dos fiéis? Esse é um mistério irrespondível.
Sinceramente, não sei o que busco na minha religiosidade. Mas hoje nada aflorou meu sentido religioso. A coisa mais digna que consegui pensar em meio aquele emaranhado de pessoas – dentre eles muitos afetados neuropsicologicamente – foi o quanto eu preciso estudar pra quem sabe um dia poder contribuir, ainda que indiretamente, para uma melhor condição da saúde mental das pessoas.
segunda-feira, 14 de março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
Tempo de Quaresma
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Errado é ser triste
falava como criança,
pensava como criança,
raciocinava como criança.
Depois que me tornei adulto,
deixei o que era próprio de criança."
1 Corintios 13,11
Desde criança achava interessante as coisas “erradas” (nesse caso as aspas têm muitos significados) que minha avó dizia, e conseqüente toda família falava também. Então tive a idéia de fazer um dicionário da família.
Como esse projeto nunca foi realizado, dedicarei um espaço a toda essa cultura a que somos expostos quando partilhamos um tempo com nossos avós, de conselhos a dialetos. Tenho certeza que alguém vai se identificar.
Iniciarei a seção com a coisa mais bonita que ela já me disse, e que eu só me dei conta quando falei pra outra pessoa.
Ao sairmos de casa, em nossa família, sempre pedimos a benção aos mais velhos. E, diferente dos outros, sempre responde:
“Deus te acompanhe e te faça feliz.”
Essa é a melhor saudação que se pode desejar a alguém.
E muito bom poder ouvi-la dizer isso todos os dia.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
A [mis]Er[i]a do Imediatismo
Não quero parecer moralista, nem tradicional. Mas é bem visível que esta “solução” das máquinas de camisinha nas escolas está, um tanto, equivocada. O que está em questão não é a iniciação sexual dos jovens, a conscientização do uso do preservativo, muito menos o controle de DST’s. Trata-se apenas de uma tentativa - alternativa e arriscada – de resolver um sério problema. Ou seja, o governo quer ser legal.
Existe uma rede de justificativas para demonstrar este equivoco. Sendo assim começarei pelos “menos” visíveis.
Sexualidade é sinônimo de maturidade, e dado que a raça humana é dotada de racionalidade - ou consciência - a maturidade mental deve ser considerada neste momento. A partir do momento que um jovem inicia sua vida sexual ele deve estar consciente das responsabilidades que virão com essa decisão. “Acho ótimo. Vai evitar o constrangimento de precisar ir até uma farmácia para comprar”. Não é preciso muita perícia para perceber que esse jovem, que se constrange em comprar um preservativo, não está seguro com relação a sua sexualidade. Facilitar-lhe o acesso a camisinha irá apenas mascarar essa insegurança.
Apesar da situação da educação pública no Brasil, ainda acredito, que escola é lugar de estudar. Se o empenho dos órgãos competentes em elaborar um sistema de educação fosse metade deste dedicado ao projeto das “máquinas de camisinha”, isso seria um assunto cogitável. A situação das escolas públicas não é boa, apesar das melhorias. Salvo algumas instituições, a situação é penosa. A começar pela infra[des]estrutura, qualidade de alimentação, qualidade de ensino. Muitas escolas sequer possuem bibliotecas ou mesmo laboratórios de informática. E quando possuem, o acesso aos alunos é restrito, quando existe acesso.
Sabendo que o ser humano é bastante atraído por tudo aquilo que lhe convém, e que, mesmo para aqueles que apreciam a arte do saber, fazer sexo é muito mais agradável do que estudar - sensorialmente falando -, gerar-se-á então um grande problema. Como é que jovens, hormonalmente embriagados, conseguiram assistir aula num ambiente nada atrativo, quando a única barreira que os “impedem” de praticar sexo é rompida? E note que esta barreira é um aspecto psicológico, uma fase do desenvolvimento humano. Cada individuo deve transpô-la sozinho, a seu modo e tempo.
Não se trata de ser contra ou a favor dessas máquinas nas escolas. Esse é só mais um projeto que finge estar preocupado com a situação da juventude, mas não está. O sexo é bom, as descobertas são importantes, mas o principal é preparar o jovem para isso. Mostrar que ele não deve ter vergonha em ter uma vida sexual ativa, mas que deve agir com responsabilidade. Só que isso dá trabalho, e não aparece na estatística.
Não se pode deixar que os gestores da saúde e educação façam vista grossa sobre a juventude, oferecendo medidas imediatistas - e desesperadas - para camuflar a situação caótica a que o jovem é exposto atualmente. O governo não deve intervir, já que não contribui favoravelmente na formação intelectual, em aspectos do desenvolvimento pessoal dos cidadãos. Permissividade desmedida é sinônimo de indiferença ou descontrole.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Ao som dos Trovões
Vinicius de Moraes
Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.